Não é só a rotina atribulada, a claridade no quarto e o barulho feito pelos vizinhos. O motivo para você não estar dormindo bem pode estar relacionado a apneia e hipopnéia do sono, distúrbios que afetam mais de 10% da população de meia idade. Essas síndromes se caracterizam por episódios recorrentes de interrupções respiratórias durante o sono. Com a queda do oxigênio no sangue, o corpo desperta para normalizar a respiração.
A grande diferença entre as duas síndromes reside no fato de que na apneia há uma obstrução total das vias respiratórias. Já na hipopnéia há a redução de 30% a 50% do fluxo respiratório. “Os sintomas desses distúrbios são diversos, mas a principal queixa que leva o paciente a procurar um consultório médico é o ronco”, explica a otorrinolaringologista do Hospital Iguaçu, Miryan Priscilla Bona. “Quando o quadro é mais severo leva a uma sonolência excessiva durante o dia pela fragmentação do sono, alteração de memória, irritabilidade, diminuição da libido e impotência sexual”, alerta.
Para determinar se um quadro é severo, os especialistas levam em consideração o número de interrupções da respiração durante uma hora de sono. É preciso ter ao menos cinco paradas neste período para se confirmar o diagnóstico. No entanto, se este número estiver entre 15 e 30 o distúrbio é considerado moderado e a cima de 30, severo.
“A síndrome da apneia e hipopnéia obstrutiva do sono está associada a um aumento de eventos cardiovasculares como hipertensão, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Não podemos também esquecer do aumento de acidentes no trânsito associados a sonolência excessiva”, explica Bona.
Entre os fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver essas síndromes estão a obesidade, a idade e o sexo (o distúrbio aparece mais frequentemente em homens de meia idade), além detalhes anatômicos como alteração do posicionamento da mandíbula, hipertrofia das amígdalas e língua, entre outros.
Diagnóstico e tratamento
Além de se levar em consideração o relato clínico do paciente, o exame indicado para diagnosticar a apneia e a hipopnéia do sono é a polissonografia, também comumente realizada para identificar outras queixas relacionadas ao sono como roncos, sonolência diurna, muitos movimentos de membros inferiores, sonambulismo e alguns casos de insônia.
O Hospital Iguaçu, localizado no bairro Água Verde em Curitiba, é especializado neste tipo de exame e diagnóstico, com a possibilidade de encaixes diários para realização do procedimento.
Após diagnosticados os distúrbios, um dos tratamentos mais modernos e eficazes sugeridos pelos especialistas do Hospital Iguaçu é a CPAP (pressão positiva contínua na via aérea). Trata-se de um aparelho que fornece pressão de ar através de uma máscara nasal para desobstruir a via aérea. “Isso garante uma noite de sono mais tranquila e saudável ao paciente, permitindo a passagem do fluxo de ar de forma a evitar as interrupções e suas consequências”, explica Bona. “No entanto, cada tratamento deve ser individualizado conforme a causa, gravidade e fatores associados. Por isso a importância da consulta médica para uma avaliação adequada”, arremata.”
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