O uso inadequado dos chamados descongestionantes nasais, devido às substâncias contidas, como a pseudoefedrina, pode levar ao vício do medicamento.
Com o inverno e a frente fria, a manifestação de doenças como rinite, gripe, sinusite e resfriado- as quais ocasionam a congestão nasal- propicia a utilização destes medicamentos. Da mesma forma, as crises relacionadas à essas patologias também aumentam.
A principal questão que envolve essa dependência prejudicial é a automedicação. Há uma variedade de marcas que podem ser adquiridas sem receita nas farmácias.
As gotinhas são procuradas pelo fato de aliviarem o entupimento, como o nariz é altamente vascularizado, as veias dilatam-se e assim, a respiração é dificultada. Em síntese, os descongestionantes atuam como um vasoconstritor, fazendo com que os vasos sanguíneos da região desinchem.
Os males causados à saúde estão diretamente conectados ao vício. A mucosa nasal absorve quantidades pequenas de pseudoefedrina e com o passar do tempo, este elemento chega à corrente sanguínea. Um dos efeitos colaterais gerados é o rebote, isto é, o retorno de uma ação contrária ao estímulo proposto pelo medicamento.
Outro efeito é a possibilidade da rinite alérgica tornar-se vasomotora, provocada pela hipersensibilidade ou mesmo, pela abundância de vasos sanguíneos no nariz. Um fator mais grave ocorre caso os componentes dos descongestionantes atinjam o coração, podendo suscitar inclusive, arritmias cardíacas.
Em duas situações específicas, os descongestionantes são indicados para reduzirem a obstrução. Dependendo da prescrição médica, recomenda-se a medicação para um tratamento de até três dias, no caso da sinusite, gripe ou resfriado. Os remédios são orientados além disso, para pós-operatórios, por exemplo, na cirurgia de septo.
A fim de intervir na rinite alérgica, o método mais adequado é a utilização de corticoides, que diminuem os sintomas desagradáveis. Um recurso adicional é à preferência pelos descongestionantes à base de soro fisiológico ou água do mar purificada micro filtrada. Estes medicamentos servem ao propósito da lavagem nasal, contando ainda com o benefício de não determinarem o vício e serem mais suaves. Sugere-se assim, o uso desses tipos de descongestionantes, exceto para os hipertensos, porque há sal na composição.
Fonte: Gazeta do Povo
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